COMUNICAÇÃO VISUAL E AS EMPRESAS FAMILIARES ONDE JÁ FIZ CONSULTORIA

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COMUNICAÇÃO VISUAL E AS EMPRESAS FAMILIARES ONDE JÁ FIZ CONSULTORIA

Uma pequena parte das 30 (trinta) empresas onde já fiz consultoria são familiares e tem mais problemas do que as empresas onde os sócios e colaboradores não tem uma relação familiar.

Para uma empresa ser familiar basta que tenha duas pessoas, da mesma família, trabalhando juntas, ou marido e mulher, ou irmãos, ou primos, ou cunhados, etc….

Vou detalhar aqui apenas 6 (seis) casos (6 empresas) que destaco pelos seus problemas e suas características. O objetivo é mostrar a todos que existe sim, soluções que podem ser adotadas para resolver todos os problemas que a simples relação familiar pode causar.

Lógico que não vou mencionar a razão social ou nomes, não só pela ética e responsabilidade, mas também, por respeito aos mesmos, além da cláusula de sigilo que consta em nossos contratos de prestação de serviços de consultoria.

1) A única exceção é da empresa GRUDADO ADESIVOS, de BH, onde fiz a minha 2ª. consultoria em empresas deste ramo de atividade, que ficou mais famosa ainda, a partir de 2011, em razão dos resultados obtidos (28% de aumento de lucratividade + 14% de redução de custos em apenas 3 (três) meses de consultoria) e que repliquei em todas as minhas consultorias posteriores. Resultados amplamente divulgados através da REDE EXAME PME, em diversas reportagens (encontradas facilmente na internet), em razão do CHOQUE DE GESTÃO implantado na mesma, onde eu exercia a função de Consultor em Finanças e Recursos Humanos.

Na Grudado Adesivos temos o sócio principal que “lidera” toda a empresa, sua esposa é responsável pelo departamento de criação, a irmã, responsável pelo desenvolvimento do site e controles internos e o cunhado como programador e desenvolvimento de softwares internos, as decisões mais importantes são tomadas em reunião com os mesmos sendo que a decisão final é sempre do administrador principal.

Esta foi a primeira empresa familiar, dentre todas as que fiz consultoria, que funcionava sem conflitos e problemas entre os sócios e a equipe, embora o ambiente, em toda a empresa, seja totalmente familiar, todos têm o mesmo objetivo e trabalham com muita UNIÃO, COMPANHERISMO, PARCERIA, AMIZADE, BOA VONTADE e COLABORAÇÃO MÚTUA, tudo isso por influência do LÍDER, excelente profissional e pessoa.

Bom, este foi o primeiro caso, dentre todas as demais, que a empresa e seus colaboradores trabalham realmente em equipe e com um único objetivo: todos colaboram para a empresa crescer e, desta forma, crescerem juntas, beneficiando a todos os integrantes.

Simples assim!

2) Uma outra empresa, em um bairro de SP, especializada em grandes formatos, tem como sócio o marido e a esposa. O marido, com boa experiência em ADMINISTRAÇÃO e SABE vender bem seus produtos, e a esposa na parte comercial e desenvolvimento de novos produtos. Ambos bons profissionais que SABEM separar bem a relação na empresa da relação familiar. Fui expectador de diversas conversas entre os mesmos, às vezes bem “acaloradas”, mas sempre com um final feliz: ambos chegavam a um acordo. A palavra final na empresa é sempre do Administrador, ela me dizia que em casa era ao contrário, a palavra final era dela. Até entendo e sei como é isso pois, aqui em casa, é do mesmo jeito, rsss.

O maior problema nesta empresa, gerando uma alta rotatividade, era a atitude do administrador, e este um dos principais motivos de conflitos entre o marido e a esposa, a liderança não era o ideal, a equipe, com muita rotatividade, não obedecia ou atendia aos pedidos por boa vontade ou RESPEITO. O pessoal fazia por ter MEDO dos gritos e em razão da PREPOTÊNCIA do mesmo, sua forma de agir e pensar afetava a todos. Administrando com “mão de ferro” não tinha o mínimo de consideração e respeito com a maioria do seu pessoal, passando até por cima do gerente de produção e encarregados dos setores para chamar a atenção de qualquer um, em qualquer lugar.

Infelizmente ele aprendeu desta forma, trabalhou em outras empresas, quando jovem, onde o sistema de trabalho era este e foi destas experiências que acabou “aprendendo” a ser como era.

Na consultoria tive a oportunidade de conversar muito com o mesmo, a respeito disso e, graças a sua iniciativa de mudar e melhorar, conseguimos um excelente resultado final. Depois disso até o relacionamento interno, entre marido e mulher, melhorou muito.

O Administrador entendeu que ser LÍDER não é MANDAR OU GRITAR e sim dar o exemplo, além de ter que ter “JOGO DE CINTURA” para ter o que precisa de toda a equipe.

Passando a agir diferente, muito mais “educado” e “respeitoso” com todos, dando bom dia a sua equipe, orientando nos trabalhos, participando mais ativamente das equipes e implantando o sistema de gestão dos recursos humanos, a rotatividade, um dos maiores problemas da empresa, foi reduzido em 90% em apenas 3 (três) meses.

Depois da implantação do PROGRAMA 5S (onde houve uma integração muito grande entre os colaboradores) e o Mapeamento de Processos (quase 500) a empresa mudou totalmente. O ambiente era outro, em nada lembrava a empresa quando cheguei lá, agora, com um aumento considerável de lucro e redução de custos, parte do lucro mensal da empresa passou a ser dividido, igualmente, entre todos os colaboradores, motivando-os, constantemente, a continuarem o excelente trabalho que vinham exercendo.

Vitória de todos os participantes, principalmente dos sócios, que aceitaram melhorar suas atitudes e conseguiram reverter uma situação que há muitos anos tinha se instalado na empresa: a alta rotatividade de colaboradores.

3) Nesta outra empresa, no centro do país, a sociedade é dois irmãos, um é responsável pelos departamentos de administração e comercial, que vamos chamar de A, o outro, B, é responsável pela parte de criação e produção, mas também tem seus clientes diretos. Pronto, está feito o problema. Quando a venda era realizada pelo A entrava na linha normal da produção. Quando a venda era realizada pelo B entrava IMEDIATAMENTE na produção, com todas as prerrogativas de URGÊNCIAS possíveis.

Pronto, todo o planejamento de produção, que era feito pelo A, acabava dando errado pois também tinha se COMPROMETIDO a ENTREGAR em tal data e, esta data, era sempre QUEBRADA pelas urgências do B. Resultado: uma boa parte das entregas não era feita nas datas combinadas com os clientes, gerando falta de credibilidade e, consequentemente, diminuição de vendas e perda de clientes. Além disso a empresa tinha 16 colaboradores na parte de acabamento / produção quando o necessário era apenas 8, metade do que tinha, gerando um alto custo com pessoal, sem nenhuma necessidade. E essa era outra “BRIGA” (CONFLITO) entre os sócios A e B.

Bom, depois de muita conversa e comprometimento de ambos, conseguimos implantar o sistema de gestão dos recursos humanos, aproveitamos os melhores colaboradores e, infelizmente, tivemos que dispensar 8 (oito) do quadro de colaboradores, e ainda assim ficamos com 20% de horas ociosas na produção / acabamento, em contrapartida contratamos uma pessoa para coordenar a parte administrativa / financeira / recursos humanos e dois Consultores de Vendas.

Otimizamos todos os processos, elaboramos um novo quadro de planejamento e controle de produção e todos os problemas foram resolvidos, além de várias outras mudanças e implantações nos demais departamentos. Em apenas 6 (seis) meses o faturamento aumentou 58%, a lucratividade em 32% e houve redução de custos em 16%.

Dos 18% encontrados no Diagnóstico Empresarial, no início da Consultoria, encerramos a mesma com 96% de organização e estruturação. A empresa aprendeu a estabelecer METAS e OBJETIVOS, para cada departamento, e no final do mês passou a PREMIAR quem conseguia os melhores resultados.

4) Em outra empresa, no norte do estado de SP, os sócios eram, também, o marido (A) e a esposa (B). Ambos com personalidade muito forte, com opiniões adversas a respeito da empresa, cada um querendo administrar de uma forma. Pronto, está feita a confusão!

A empresa já tinha 8 (oito) anos de vida, mas, depois de vivenciar muitos problemas, estava se afundando, cada dia mais, embora tivessem muitos trabalhos e boas vendas, geradas por ambos. O A, sempre foi VENDEDOR e tinha muitos clientes diretos, a B era, além de cuidar da parte financeira, também a responsável pela parte comercial, com mais duas vendedoras.

Sem um controle efetivo e correto de planejamento de produção os pedidos eram feitos às pressas, sempre na correria, sem ordem de produção e finalização, com problemas nas instalações e constantes atrasos para entrega aos clientes, resumindo: uma bagunça generalizada.

Além disso a B, preocupada com a entrega das vendas realizadas, ia DIRETO na ARTE e PRODUÇÃO para agilizar seus pedidos. O B, vendo que seus pedidos estavam parados, em razão das ordens da B, mandava parar tudo e terminar primeiro os seus, pois eram mais urgentes. Ou seja, os colaboradores não sabiam a quem “obedecer” ou “agradar”. Ambos, muito educados, PEDIAM a colaboração da sua equipe e nem sempre conseguiam em virtude da falta de comunicação entre ambos, uma guerra interna, de “preferência”, era o principal problema da empresa.

Também, depois de muita conversa e inúmeras reuniões, consegui conscientizar ambos que estavam afundando a empresa com esta atitude, com esta forma de agir e pensar. O bem comum, a empresa, tinha que ser o bem mais precioso de ambos, portanto deveriam ter BONSENSO nas decisões e RESPONSABILIDADE perante os clientes internos e externos.

Depois de várias aulas de LIDERANÇA os dois, conscientizando-se da necessidade de mudar de atitude e aceitando (e implantado) todas estas mudanças conseguiram alcançar os resultados desejados.

A partir disto foi mais simples implantar toda a consultoria, resolver todos os demais problemas que são comuns em qualquer empresa de comunicação visual e o resultado final fantástico, para os sócios, sua equipe totalmente integrada e sem mais problemas de vendas ou administração ou produção ou entrega aos clientes.

5) No Leste do Estado de SP, tive o prazer de conhecer uma família, que, muito UNIDA, conseguiam excelentes resultados. O filho mais velho gerencia a empresa, o pai, cuida da produção, o irmão é o impressor, a mãe cuida da parte administrativa e financeira, a esposa (do filho mais velho) ajuda na administração e cuida da loja ecommerce, a cunhada, ajuda na recepção e no show room. Ou seja, dos 14 (quatorze) colaboradores da empresa, 6 (seis) são da família. Diferente de outras empresas aqui mencionadas, cada um já tinha a sua função definida, as responsabilidades de cada um já eram realizadas normalmente, fruto de muito estudo em administração.

Sem conflitos, a administração, pelo filho mais velho, era o motor da empresa, com uma excelente característica de liderança conseguia levar a empresa, sempre com uma maravilhosa imagem no mercado, conseguindo, cada vez mais, bons clientes em várias partes do Brasil, inclusive de empresas de franquias, com vários prêmios nacionais, instituídos pela Revista Grandes Formatos.

Esta empresa foi uma rara exceção, dentre todas as que fiz consultoria até hoje, onde o Diagnóstico Empresarial apresentou um alto índice de organização. A Consultoria foi realizada em um curto espaço de tempo e os resultados, não poderia deixar de ser, foram excelentes.

Serviu para que eu aprendesse mais: uma empresa, onde TODOS têm o mesmo OBJETIVO, onde as pessoas são tratadas com respeito e consideração, onde o valor e capacidade profissional de cada membro é exaltada, onde existe o exercício da fé (são evangélicos), e uma boa vontade ímpar (de todos), o resultado final só pode contribuir, cada vez mais, para o crescimento da empresa e de sua equipe. (Tal como na GRUDADO ADESIVOS).

6) Uma outra empresa, no norte do Brasil, passou por uma grande transformação. O pai, dono da empresa, trabalhava com 2 (dois) filhos na mesma, além dos outros 20 colaboradores. Agora, com o falecimento do mesmo, os outros 4 (quatro) filhos (2 rapazes e 2 garotas), também estavam participando da empresa, ou seja: 6 (seis) irmãos, sendo 4 homens e 2 mulheres. E agora? Estava feita a confusão, cada um queria agir de uma forma, fazer o que bem entendia, sem nenhuma ordem, sem comunicação interna, cada um fazendo a RETIRADA DE PRÓ-LABORE como bem entendia e gerando diversos problemas e conflitos. Bom, uma bagunça geral… e a empresa quebrando… sem dinheiro para nada e perdendo seus colaboradores.

Até que um deles, que já trabalhava com o pai, o mais velho (A), resolveu acabar com esta situação. Entrou em contato comigo, conversamos por uma hora, via skype e me contratou na hora. Lembro bem pois esta foi a contratação mais rápida em todos estes 29 (vinte e nove) anos de trabalho como consultor. Era uma sexta feira e, no sábado, já recebi a passagem de ida para esta cidade, no norte do Brasil, para o domingo à tarde. Depois de 5 (cinco) horas de viagem cheguei no aeroporto da cidade, onde fui recebido por este irmão e conversamos muito a respeito de todos os problemas da empresa, principalmente com referência aos irmãos.

Quando o mesmo foi embora, pensei com os meus botões, como é que vou resolver isso sem prejudicar a empresa e satisfazendo a vontade de todos. Falei prá mim mesmo: Só Deus nesta causa. E, claro, creio que foi assim mesmo.

No dia seguinte, logo cedo, reunião marcada com todos. Depois de apresentado pelo irmão A, à todos os demais, comecei informando que a empresa iria passar por diversas alterações, inclusive de funções. Expliquei, como é de praxe, como a consultoria é realizada e todos os detalhes do que seria implantado e realizado com a colaboração de todos. Após esta reunião, conversei com cada um, individualmente, e constatei que 2 (dois) não tinham vontade de continuar na empresa e se dispuseram a sair do quadro de colaboradores, ficando apenas com as cotas sociais para recebimento dos lucros. Pedi a ambos que deixassem eu dar esta notícia no final da tarde, em nova reunião.

Nossa, isso, com certeza, ia facilitar muito o meu trabalho e, desta forma, favorecer o crescimento da empresa.

Depois de conversar com todos convoquei a nova reunião no final da tarde, já com o novo organograma feito. Já no início da reunião comuniquei a saída dos dois sócios (2 homens) que, diante das implantações e alterações que haveria na empresa, não se sentiram a vontade para continuar, já que fui enfático, na reunião da manhã, ao afirmar que para a empresa crescer deveria haver BONSENSO / RESPONSABILIDADE e COMPROMETIMENTO de todos, não somente no projeto de implantação da consultoria mas, posteriormente, na continuidade de tudo o que eu iria ensinar (capacitar) para todos os colaboradores.

Uma vez que ambos se dispuseram a sair e com o novo organograma proposto e aceito por todos considerei que, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) dos problemas estavam resolvidos, graças a Deus, já que eram justamente estes dois que causavam a maior parte dos problemas.

A partir disso foi tudo alegria, o ambiente mudou totalmente entre os irmãos, fizemos diversas reuniões na 3ª. feira, depois a palestra inicial (que é praticamente obrigatória em todas as consultorias), com todos os colaboradores da empresa e, ao final de duas semanas de muito trabalho inicial, a empresa era totalmente outra quando vim embora, com a sensação de dever cumprido, graças a Deus.

Nos outros 40 (quarenta) dias mantivemos contato quase que diário, via skype, para acompanhar a implantação de todos os controles e manuais dos departamentos na consultoria. Fui para lá, em uma 2ª. visita, que durou 3 (três) semanas (em virtude da distância), terminando de finalizar a implantação do programa 5S e o mapeamento de processos. Na última visita, de apenas 1 (uma) semana, que aconteceu apenas 3 (três) meses após iniciar a consultoria, a empresa já tinha tudo organizado, seu faturamento já tinha voltado ao normal, os clientes já estavam aumentando novamente, os colaboradores já totalmente integrados e sem nenhuma rotatividade, acabaram-se os retrabalhos e atrasos nas entregas, houve uma otimização espetacular de tempo na elaboração das tarefas e uma ótima redução de custos.

Os sócios que saíram estavam satisfeitos pois passaram a receber lucros mensais (antecipados), os que ficaram estavam realizados por ter conseguido dar continuidade ao legado do pai e a mãe de todos satisfeita pela união e sucesso de todos os filhos.

Bom pessoal, o que eu desejo passar a todos é que não existe problema que não possa ser resolvido, não existe nada impossível.

Mas, o tópico PRINCIPAL de tudo isso não é a CONSULTORIA em si, ou minha experiência, embora seja fundamental, é, PRINCIPALMENTE: a sua vontade de MUDAR e de ACEITAR MUDANÇAS. Sem isso, e lógico, o investimento em tempo e financeiro, melhorar a sua empresa NÃO VAI SER POSSÍVEL.

Todas estas empresas e as demais que não mencionei aqui, totalizando 30 (trinta) empresas deste ramo de atividade, além das outras quase 700 (setecentas) empresas que atendi desde 1990, implantando a gestão empresarial, completa ou parcial, só tiveram sucesso porque se COMPROMETERAM com o trabalho e com todas as MUDANÇAS implantadas nas mesmas.

O trabalho em equipe, a disposição dos empresários, o comprometimento de todos é que fez com que o sucesso fosse total, trazendo excelentes resultados e benefícios para a equipe e para a empresa.

Eu não consigo nada sozinho, só tenho muita experiência, graças a Deus, para ajudar as empresas e seus colaboradores. Todo o meu trabalho só alcança o sucesso com a participação ativa de cada um dos integrantes da empresa, sócios e colaboradores, por isso agradeço, imensamente, a todos que fizeram e fazem parte disso.

Nada acontece por acaso, e só com muito estudo, trabalho e dedicação é que se consegue tudo o que deseja, graças a Deus.

Um grande e fraternal abraço a todos.

Desejo muito sucesso e prosperidade a você, sua família e sua empresa, que Deus abençoe a todos.

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Wilson Giglio
Organizador de Empresas e Equipes
Consultor em Gestão Empresarial
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Wilson Giglio

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